By 10/09/2024

Floração traz boas perspectivas do cultivo da soja de inverno

Há pouco mais de 40 anos no Brasil, o cultivo de canola é uma alternativa com boa rentabilidade. Com uma menor necessidade de pesticidas e fertilizantes em comparação a outras culturas, a canola requer menos insumos químicos, resultando em menos investimento. Além disso, ela pode ser plantada em sistemas de rotação de culturas, ajudando na recuperação de solos e na prevenção de pragas e doenças. Uma das suas principais vantagens é sua alta rentabilidade. Ela oferece um bom retorno financeiro aos agricultores, principalmente em comparação a outras oleaginosas, como a soja e o girassol. A canola é uma planta robusta, adaptável a diferentes tipos de solos, com ciclo relativamente curto (120 dias), permitindo o cultivo em safras rotativas, o que otimiza o uso da terra. 

A versatilidade de seus subprodutos amplia as oportunidades de mercado. Seu óleo, de excelente qualidade, é amplamente utilizado tanto na alimentação humana quanto em indústrias alimentícias e cosméticas. O farelo residual do processamento da canola, rico em proteínas, é destinado à nutrição animal, oferecendo valor agregado para diversas cadeias produtivas. Os bons resultados obtidos com o cultivo tem atraído os agricultores. A área plantada no Rio Grande do Sul passou de 77 para 135 mil hectares este ano.

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Lavoura de Renascença – PR

A crescente demanda por produtos saudáveis, como o óleo de canola, que tem baixos níveis de gorduras saturadas e é rico em ômega 3, oferece uma excelente oportunidade de mercado para os produtores brasileiros. Com a expansão da área plantada e o desenvolvimento de novas tecnologias, a canola se apresenta como uma alternativa de potencial competitivo. Os preços pagos pela saca de 60kg de canola se equivalem ao do trigo porém com menos investimento no plantio. 

Há ainda um vasto mercado nacional e internacional para ser explorado. O valor pago por saca é em média de 110,00 Reais e a expectativa para a safra só no Rio Grande do Sul é de 226 mil toneladas, 100% a mais do que em 2023 quando o volume de chuvas foi excessivo.